O internacional belga prepara-se para voltar ao Estádio da Luz, agora na pele de adversário, dois anos depois de ter trocado o Benfica pelo Zenit.
Record- Já lá vão dois anos desde que se transferiu para o Zenit e, pela primeira vez, vai defrontar o Benfica. É, certamente, um sentimento especial para si...
Witsel - Sim, claro! Vai ser muito bom reencontrar o Benfica, mas também sei que será um encontro muito complicado. Mas é sempre bom começar uma competição como a Liga dos Campeões com uma partida intensa como esta.
R- Curiosamente, na mesma época defronta, na Liga dos Campeões, Standard de Liège e Benfica, os seus dois clubes anteriores. Tem de concordar que é um facto curioso!
W- Sim, mas eu também queria muito que isso acontecesse! Quando vi o sorteio pela primeira vez apercebi-me de que até era possível defrontar as minhas duas antigas equipas. Antes de a Liga dos Campeões começar até cheguei a conversar com os meus amigos do Standard de Liège e do Benfica e disse-lhes que seria muito bom se pudesse jogar contra eles. Felizmente já joguei com o Standard e, agora, segue-se o Benfica.
R- O regresso ao Estádio da Luz será um momento marcante para si e poderá reencontrar muitos dos seus amigos. Quanto a Jorge Jesus, o que é que lhe vai dizer quando se encontrar com ele?
W- Ainda não sei muito bem o que lhe vou dizer, mas tenho a certeza de que lhe vou dar um grande abraço. Foi meu treinador apenas durante uma temporada, mas tínhamos uma excelente relação, como tinha também com todos os meus colegas.
R- Refere-se a Jorge Jesus de uma forma que dá a entender que foi, de facto, uma pessoa importante na sua carreira... Recorda-se da primeira vez que conversou com ele, quando chegou ao Benfica?
W- Recordo-me que não me prometeu a titularidade! Disse-me apenas que tinha de mostrar qualidade durante os treinos e nos jogos de forma a conseguir um lugar no onze. Jorge Jesus sempre me deu muita confiança, desde o inicio, e eu fiz os possiveis para retribuir dentro de campo. Era engraçado porque, durante os treinos, ele andava sempre, mas mesmo sempre, atrás de mim.
R- Quanto aos adeptos, que receção espera ter no Estádio da Luz?
W- Muito sinceramente, não sei aquilo que me espera. Mas garanto que vou agradecer aos adeptos pelo apoio que sempre me deram. Joguei no Benfica apenas durante uma época mas foi uma experiencia muito boa. Acredito que foi graças às minhas exibições no Benfica que muitos clubes na Europa e no Mundo começaram a conhecer-me enquanto futebolista. E também sei que ainda falam muito de mim em Portugal. A verdade é que já sinto muitas saudades da cidade de Lisboa. Gostei muito de jogar e viver lá.
R- Saiu do Benfica apenas com uma Taça da Liga no currículo. Viveu de forma especial as conquistas que o seu antigo clube alcançou na última época?
W- Joguei um ano no Benfica e, infelizmente, não fui campeão nacional. Teria sido bom sair com este título... Mas claro que sim, fiquei muito feliz pela equipa e pelos adeptos. O Benfica mereceu, pois fez uma excelente temporada. Só fiquei triste, como todos os Benfiquistas, pela final da Liga Europa perdida frente ao Sevilha, porque a vitória teria sido merecida.
R- Concorda com aqueles que afirmam que o Grupo C é o mais equilibrado desta edição da Liga dos Campeões?
W- Sim, não tenho qualquer dúvida. Estamos no grupo mais equilibrado da Liga dos Campeões e a verdade é que podemos ser nós os primeiros classificados, como também pode ser o Benfica, ou qualquer uma das outras equipas. É um grupo onde tudo está aberto.
R- No que diz respeito a objetivos, até onde é que acredita que a equipa do Zenit pode chegar nesta Liga dos Campeões?
W- Primeiro que tudo, o mais importante, esta temporada passa por dar outra imagem, diferente da que deixamos na última época. Este é o terceiro ano que estou no Zenit e, nos dois primeiros, não realizamos boas exibições na Liga dos Campeões. É verdade que, em 2013/2014, por exemplo, conseguimos passar a fase de grupos, mas fizemo-lo apenas com seis pontos. Agora, o objetivo, passa mesmo por realizarmos boas exibições.
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